Antes que o tempo finde, podemos e devemos fazer algo por nosso amado Rio Doce. Nesse sentido iniciamos esse Blog e uma página no facebook com o objetivo claro e definido de unir os que o rio viu crecer e de sensibilizar os que se incomodam por essa tragédia ambiental, fazendo com que esses canais sirvam de referência em pesquisas, artigos, resgate histórico, vídeos, fotos e ações que permitam reverter essa triste situação. Foto - Capa Fanpage Nossa Colatina
Cruzando o Deserto Verde os impactos da monocultura de eucalipto e da produção de celulose no Espírito Santo e no Extremos Sul da Bahia. Princípais comunidades impactadas: pescadores da Barra do Riacho, localidade próxima ao complexo industrial da Aracruz Celulose; Indigenas Tupiniquis e Guananis do Municipio de Aracruz; quilombolas do Norte do Espírito Santo; carvoeiros e comunidades camponesas. Também mostra os impactos ambientais dessa monocultura.
Por Marilda Teles Maracci
Geógrafa Doutora pela UFF
Geógrafa Mestre pelo ICT/UNESP
Geógrafa bacharel e licenciada pelo ICT/UNESP
Pesquisadora dos conflitos socioambientais no ES
marildamaracci@hotmail.com http://periodicos.ufes.br/geografares/article/viewFile/1297/979 Estudo da apropriação e ressignificação da água pela racionalidade econômicoindustrial
no Estado do Espírito Santo, considerando-se os conflitos territoriais que
envolvem a empresa Aracruz Celulose S/A (Fibria) e as populações indígenas e
tradicionais diretamente atingidas pelos danos socioambientais provocados pelo
complexo agroindustrial celulósico em questão nos últimos 40 anos. O atual modelo de
desenvolvimento, baseado na íntima relação entre latifúndio e monoculturas,
fundamenta-se na grande concentração de terras e de recursos naturais, para atender às
demandas do voraz mercado consumidor capitalista mundial, seguindo, as pegadas da
matriz colonial e aprofundando conflitos territoriais. ...Cf.: Ruschi (extensa produção de documentos, encontrada principalmente no acervo do Museu
de Biologia Professor Mello Leitão, Santa Teresa – ES); GT/Funai, Portaria 0783/1994; Comissão de
Agricultura e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo (Seminário
internacional sobre o eucalipto e seus impactos), 2001; Autos da “CPI da Aracruz” – Assembleia
Legislativa do Estado do Espírito Santo (2002); Ferreira (2002); Gomes (2002); Relatórios Desc 2002 e
2003; AGB – ES (2004); Fase – ES (2006); Boletins diversos do Movimento Mundial de Florestas
(WRM: sigla em inglês), particularmente a publicação intitulada “Plantações não são florestas”;
Publicações Movimento dos Pequenos Produtores (MPA), do Movimento Trabalhadores Sem-Terra
(MST) e do Movimento Mulheres Camponesas (MMC); Barcellos, 2008; Maracci, 2008; entre outros...
Foto ilustrativa - Canal no Rio Doce, não contida no artigo - Autor Desconhecido ...O canal do Riacho é propriamente a designação duma canalização realizada nesse rio; trata-se
duma das estruturas de drenagem e adução aberta, construídas pelo antigo DNOS. Foi, portanto,
executada antes do canal Caboclo Bernardo, porém foram apropriados e adaptados (limpeza e
desassoreamento) pela empresa, e integrados ao seu sistema de captação de água...
Foto ilustrativa - Canal no Rio Doce para atender a Aracruz Celulose - Fíbria ...O Vale do Suruaca constituía-se de terrenos pantanosos e área de várzea contínua, com 145 mil
hectares ao Norte do rio Doce e 35 mil ao Sul desse rio e ao Centro-Leste do Espírito Santo, abrangendo
os Municípios de São Mateus, Linhares e Aracruz. O DNOS esgotou as águas do Vale do Suruaca, a fim
de permitir a expansão das propriedades rurais, configurando a chamada “cerca andante”. À medida que a
água ia sendo drenada, as cercas andavam, ampliando as propriedades. Fontes: Revista Águas do Rio
Doce s/d. Disponível em: p. 23; e em: Jornal Século Diário de 27
de outubro de 1999, disponível em: . Acesso em: 03 dez. 2007.
BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE
(MG/ES): UMA ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL
INTEGRADA
André Luiz Nascentes Coelho
Doutor em Geografia pela UFF
Professor do Departamento de Geografia da Ufes http://periodicos.ufes.br/geografares/article/viewFile/156/82 Trechos do artigo. ...Este artigo, que é parte de uma pesquisa maior,
tem como propósito principal realizar um estudo
integrado da dinâmica física/natural e das
ações socioeconômicas na Bacia Hidrográfica
do Rio Doce sustentado por um referencial
bibliográfico complementados com trabalhos
de campo, atividades que tornaram possível
identificar uma série de mudanças/impactos
importantes em diferentes momentos, como o
ciclo madeireiro que devastou as florestas da
bacia e adjacências e a construção da ferrovia
Vitória-Minas, a qual impulsionou o crescimento
urbano. Tais processos entre outros,
resultou num conjunto de intervenções, sobretudo
no estado capixaba e, consequentemente,
no atual desequilíbrio no sistema fluvial da
bacia. ...Strauch (1955) descreveu o mesmo processo
(ciclo madeireiro) em Governador Valadares,
a partir da chegada da ferrovia, por volta de
1910, cuja base da economia era, basicamente,
a exploração e a industrialização da madeira
(dormentes, lenha) e um grande número de
serrarias. Conforme suas palavras,
as estradas de ferro são também grandes
devastadoras e consumidoras das
matas e capoeiras. Em 1949 a Estrada
de Ferro Vitória-Minas que serve
a bacia (Colatina-Itabira-Nova Era)
consumiu 264.000 metros cúbicos de
lenha. Quando se viaja pela região,
ao longo das ferrovias e nas estações,
vê-se grande quantidade de lenha e
carvão aguardando transporte traduzindo
a intensa exploração da floresta
(Strauch, 1955 p. 98)...
Foto; Site Eu amo Ipatinga ... foi exatamente por causa desta riqueza
natural que os pioneiros assistiram
a um dos mais tristes capítulos
da história da colonização do norte
capixaba, quando surgiu em Nanuque
(MG), cidade que fica a 15 km da
fronteira com o Espírito Santo, uma
indústria multinacional de exploração
de madeira, Bralanda (sic) (Convênio
com o Brasil – Holanda): esta indústria
a maior da América Latina, até
então, fazia com que os colonizadores
vendessem as suas matas de qualquer
maneira...
Se crise há é hora de mimar Surpreenda seu cliente Com um brinde inteligente Sublimatize um poema Escolha no Bloghttp://hayy-kayy.blogspot.com.br/ E fale com a gente Encomendas Robson Côgo E-mail; rjcogo@gmail.com
A Aracruz Celulose (Fibria) foi condenada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região a realizar e bancar o Estudo e Relatório e Impacto Ambiental (EIA/Rima) relativo ao projeto de transposição de bacias do Rio Doce para o Rio Riacho, no município de Aracruz, norte do Estado. O desvio foi feito em 1999 para abastecer a fábrica C da empresa, alterando drasticamente o comportamento hídrico da região. O processo foi marcado por irregularidades, com conivência do poder público municipal e estadual.
A decisão do desembargador federal Reis Friede foi publicada nesta quarta-feira (27) e dá prosseguimento à sentença da Justiça Federal que acata parcialmente pedido feito em ação civil pública movida inicialmente pela Associação Capixaba de Proteção ao Meio Ambiente (Acapema) e assumida posteriormente pelo Ministério Público Federal (MPF). Friede negou apelação da empresa e dos demais réus do processo, o município de Aracruz, o governo do Estado - Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Seama) - e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Além da Aracruz Celulose, o município de Aracruz também foi condenado à realização do estudo, que deverá ser concluído no prazo máximo de seis meses, sob multa diária e solidária aos réus, que pode variar de R$ 10 mil a R$ 100 milhões. Caberá à empresa arcar com todos os custos e contratar empresa especializada para o desenvolvimento dos trabalhos. A decisão determina ainda que o estudo e relatório calculem o valor pecuniário para solucionar o impacto ambiental e os problemas decorrentes da aprovação das licenças ambientais, com soluções estimadas de questões futuras. Após concluído, o EIA/Rima terá que ser apresentado ao governo do Estado e ao Ibama. O governo terá que realizar a devida análise do documento, com oitiva do Ibama, condenado a acompanhar os procedimentos administrativos para decisão ao EIA, inclusive sobre a manutenção do licenciamento ambiental.
A Aracruz Celulose e o município de Aracruz também foram condenados a fazer, de modo contínuo, a canalização das águas do Rio Doce para os Sistemas de Abastecimento Público dos Distritos de Vila do Riacho e Barra do Riacho. No caso de descumprimento, será aplicada multa aos réus no mesmo valor, entre R$ 10 mil e R$ 100 milhões.Nos autos do processo, o município de Aracruz tenta se livrar de responsabilidade, alegando que a competência do licenciamento é do governo do Estado. Já a Aracruz Celulose aponta “ausência de dano ambiental”. Os dois réus afirmam ainda que a Declaração de Impacto Ambiental (DIA) seria suficiente para o licenciamento e questionam a competência da Justiça Federal no julgamento do caso. O Ibama também nega sua omissão. Nenhum argumento, porém, foi acatado pelo desembargador Reis Friede. As irregularidades no processo contaram com conivência do então prefeito de Aracruz Luiz Carlos Cacá Gonçalves e o então secretário de Estado de Meio Ambiente, Almir Bressam. Em 2005, o sucessor de Cacá, Ademar Devens, igualmente sob o pretexto de aumentar a disponibilidade hídrica nas várzeas do Rio Riacho nos municípios de Aracruz e Linhares e, assim, desassorear o canal Caboclo Bernardo, conseguiu novo licenciamento ambiental para desviar o Rio Doce, agravando os impactos já existentes.
Histórico de crimes
Com a transposição das bacias, foi construído o Canal Caboclo Bernardo, perpendicularmente ao Rio Doce, ligando-o ao Rio Comboios, o que possibilitou a captação das águas dos canais de drenagem do Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS), construídos nos anos de 1960, o Canal do Riacho, o Rio Riacho e o Rio Comboios. A água captada percorre uma extensão superior a 40 quilômetros, como apontam estudos publicados pela Federação dos Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase) no Estado. Os impactos da transposição atingiram principalmente as aldeias indígenas Tupinikim, localizadas em frente à fábrica da empresa em Aracruz. O Rio Comboios, antes utilizado para agricultura de subsistência, pesca e pastoreiro, ficaram secos e contaminados, transformando-se em um reservatório de doenças.
Nota do Blog; Recomendamos a leitura do Livro e transcrevemos o prefácio escrito por Câmara Cascudo, no entanto não foi encontrado ainda o livro em download. De alguém conseguir, favor informar. A intenção é informar a existência da obra.
Prefácio do Livro
O engenheiro Ceciliano Abel de Almeida era Reitor da Universidade do Espírito Santo quando fui seu hóspede, janeiro de 1955, dando um breve curso de Antropologia Cultural.
Alto, magro, sorridente, o gesto lento desenhava no ar os episódios inesquecidos de uma nobre e grande vida de trabalho, dedicação e alegria de servir. Fora na cidade do Natal diretor da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte (Sampaio Corrêa atual), conhecendo e privando com as figuras familiares ao meu coração. Encanto ouvi-lo evocar toda a história de sua profissão, a estada no Rio de Janeiro, estudante pobre, lutando para abrir um breve túnel no granito das dificuldades imprevistas que o separavam da Escola Politécnica onde concluiu, excelentemente, seu curso de engenheiro. Qualquer outro desanimaria ante a montanha que o distanciava dos livros da Politécnica. Ceciliano Abel de Almeida abriu seu caminho como uma verruma, tenaz, teimoso, acima do desânimo. E não há criatura mais tranqüila, serena, com seu sorriso melancólico e a doçura das invocações do passado, tão presente para ele. Deus sabe como estudou, subindo o curso sem desfalecimento, degrau a degrau, quando tantos deparam fácil, rápido, cômodo elevador guindante e confortável para a elevação fulminante.
Introdução
Durante o período que atuei como professora de História na educação básica,
mantive especial interesse pela discussão relativa à inserção de temas sobre a História
do Espírito Santo nos currículos escolares. Ciente do lugar secundário destinado ao
estudo da História Local, desenvolvi pesquisas com o objetivo de promover a reflexão
sobre o tema, bem como o desenvolvimento de metodologias de ensino e a produção de
material didático destinados ao estudo de temáticas locais nessa esfera educacional
(SALIM,). O presente artigo apresenta uma dessas experiências didáticas desenvolvida
na disciplina de História com as turmas do sétimo ano do ensino fundamental em uma
escola da rede municipal de Vitória.
Leia o artigo no link file:///C:/Users/ROBSON/Downloads/1525-2342-1-PB%20(1).pdf
COLATINA EM FESTEJO
Festas que foram destaque em Colatina nos anos dourados de nossa princesa do norte.facebook.com/nossacolatina
Posted by Nossa Colatina on Sexta, 21 de agosto de 2015
A Sociedade para a Preservação do Muriqui, "Preserve-Muriqui" é uma entidade privada sem fins lucrativos, com sede no município de Caratinga, fundada por iniciativa da familia Abdala e com extenso apoio da comunidade local. Seu objetivo primário é o de dar prosseguimento ao trabalho do conservacionista Feliciano Miguel Abdala, na preservação da mata de cerca de 900 ha que pertencia à Fazenda Montes Claros, onde sobrevive a maior população conhecida de muriquis-do-norte (Brachyteles hypoxanthus). O muriqui-do-norte é considerado como espécie criticamente em perigo e um dos 25 primatas mais ameaçados do mundo.
Nossa missão é a de buscar continuamente uma solução de longo prazo para garantir a conservação do muriqui-do-norte e de seu ambiente natural, com ênfase na pesquisa de longa duração que fornece bases sólidas para consubstanciar o plano de manejo da RPPN e a extensão das atividades para o entorno da reserva. Nossa perspectiva é a de trabalho conjunto entre pesquisadores, produtores e moradores das propriedades vizinhas e das comunidades locais, no desenvolvimento de uma série de atividades que visam a geração de emprego e renda dentro de um contexto de conservação de recursos naturais e desenvolvimento rural sustentável.
A Mata Atlântica brasileira é um dos sistemas florestais mais ricos e diversos do mundo; é também um dos mais ameaçados, situando-se entre os 5 principais hotspots de biodiversidade da Terra. Esse bioma, que originalmente cobria 1.2 milhões de km2, hoje está reduzido a cerca de 7% de sua área inicial. Como consequência, muitos de seus animais e plantas encontram-se também sob forte pressão, vários altamente ameaçados de extinção.
Os primatas têm sido um dos mais importantes símbolos da conservação da Mata Atlântica, seu status na natureza é indicativo da situação na região como um todo. Cerca de 24 espécies e subespécies são encontradas na Mata Atlântica, 15 das quais estão ameaçadas ou criticamente ameaçadas de extinção.
Uma dessas, o muriqui-do-norte (Brachyteles hipoxanthus), o maior mamífero endémico ao Brasil e uma espécie muito carismática, encontra-se na lista dos prirnatas mais ameaçados do planeta. O muriqui-do-norte tornou-se uma espécie-bandeira de grande importância para o Brasil. Somente cerca de 500 indivíduos sobrevivem na natureza e um terço dessa população existe em um único local: as matas da RPPN Feliciano Abdala, sede da Estação Biológica de Caratinga (EBC), no estado de Minas Gerais. Clique no endereço e conheça esse belo trabalho http://www.preservemuriqui.org.br/home.htm A mesorregião do Vale do Rio Doce é uma das doze mesorregiões do estado brasileiro de Minas Gerais. É formada pela união de 102municípios agrupados em sete microrregiões, e tem como cidades principais Aimorés, Caratinga, Coronel Fabriciano, Governador Valadares,Guanhães, Ipatinga, Mantena, e Timóteo. Tem como atividades econômicas principais a indústria, comércio, agricultura e pecuária.
Ações que visam duplicar a rodovia BR-101, pavimentar a rodovia ES-356 e implantar a rodovia BR-342, interceptando a Reserva Biológica de Sooretama e a Reserva Natural Vale, motivam uma moção de repúdio que foi elaborada pelos participantes do I Simpósio da Rede PPBio MA e enviada para representantes do MPF, MMA, IBAMA, DNIT, ANTT, ICMBio, SEAMA, IEMA e SETOP. . Leiam a íntegra da moção abaixo. Leia no Bloghttp://espiritosantosustentavel.blogspot.com.br/
Vamos estudar o exemplo da Costa Rica. A Costa Rica, pequeno país da América Central, é famosa pela riqueza de seu meio ambiente, suas belas paisagens naturais atraem turistas de todas as partes do mundo. Um quarto de seu território é preservado como reserva ambiental, onde a fauna e a flora convivem harmoniosamente nos vários parques nacionais.
Nosso estado precisa investir fortemente na criação de Parques nos mais diversos formatos, incentivar as RPPN'S preservando e também permitindo que a indústria do turismo e a economia criativa se desenvolva. Vamos pensar grande.
Existem ao todo 26 Parques Nacionais na Costa Rica, os quais são administrados pela SINAC, um departamento do Ministério do Meio Ambiente e Energia (MINAE) da Costa Rica. Costa Rica tem 51 mil km quadrados e o Espírito Santo 46.078 km². As políticas progressivas de proteção ambiental e o ecoturismo sustentável no Sistema de Parque Nacionais da Costa Rica tem sido postas como modelo para outros países. As florestas úmidas, florestas tropicais, áreas marinhas e pântanos da Costa Rica são os principais assuntos de muitas universidades e organizações científicas. O enriquecimento do conhecimento mundial sobre esses habitats é uma contribuição inestimável do Sistema de Parques Nacionais da Costa Rica.
O rio Tâmisa, que cruza a capital britânica, Londres, já foi chamado de "O Grande Fedor" e declarado "biologicamente morto", mas atualmente, vive uma espécie de renascimento.
A Sociedade Zoológica de Londres (ZSL, na sigla em inglês) afirma que, nos últimos dez anos, foi informada sobre o avistamento de 2.732 mamíferos de grande porte.
Focas são os animais mais vistos, com registro de vários espécimes inclusive na região de Canary Wharf, conhecida por seus modernos arranha-céus.
Também foram documentados no rio 444 botos e golfinhos, além de 49 baleias.
"Muitos olham para o Tâmisa e veem um ambiente turvo e sujo. Mas, na verdade, sob a superfície, está cheio de vida. Temos uma enorme variedade de peixes, invertebrados e grandes predadores", afirmou Joanna Barker, gerente europeia de projetos da ZSL.
Em 1957, o Tâmisa andava tão sujo que autoridades o declararam "biologicamente morto". A situação era pouco melhor do que um século antes, quando o rio era conhecido pelo apelido carinhoso de "Grande Fedor".
Rio acima
Hoje, a situação mudou tanto que cada vez mais animais se aventuram rio acima. Focas já foram vistas até em localidades no sudoeste, além do centro de Londres, como Teddington e o palácio de Hampton Court.
Grandes grupos de golfinhos e botos também já foram avistados perto de Kew Gardens e Deptford.
Em 2006, uma baleia-bico-de-garrafa causou burburinho ao nadar o rio até a altura do centro de Londres. Ela acabou morrendo.
Outras baleias mais saudáveis já foram vistas nos arredores de Gravesend, no condado de Kent.
"O fato de termos visto tantos animais na região central de Londres indica que os estoques pesqueiros são grandes o suficiente para alimentar estes grandes predadores", afirmou Barker à BBC.
Além de compilar uma lista de avistamentos enviados pelo público, a equipe da ZSL também realiza pesquisas detalhadas sobre focas no estuário do Tâmisa.
Nos três últimos anos, os cientistas vêm usando barcos e até aviões para monitorar o número de focas no rio.
Eles estimam que até 670 focas-comuns vivam no estuário. O número de focas-cinzentas é desconhecido, mas elas também parecem estar se proliferando na região.
"Essa é uma região bastante abrigada, se comparada ao Mar do Norte, e há diversos ambientes e habitats diferentes para mamíferos marinhos", afirmou Barker. "Por isso, consideramos Londres e o estuário do Tâmisa um ambiente importante para estas espécies."
A ZSL pede a colaboração de todos para enviarem fotos e outros registros de avistamento de mamíferos marinhos no Tâmisa.
PROJETO SOBRE RPPN - Reservas Particulares do Patrimônio Natural
O PL 1548/2015, do deputado Sarney Filho (PV-MA), que dispõe sobre a criação, gestão e manejo de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), foi aprovado nesta quarta-feira (12) pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados.
As Reservas Particulares do Patrimônio Natural são unidades de conservação de proteção integral, de domínio privado, localizadas em área urbana ou rural, com o objetivo de preservar e conservar a diversidade biológica, promover a educação ambiental, a pesquisa científica e o turismo ecológico, gravadas com perpetuidade, por intermédio de termo de compromisso averbado à margem da inscrição no Registro Público de Imóveis.
O colegiado acatou por unanimidade o parecer do deputado Alberto Filho (PMDB-MA), favorável ao projeto. “Fui procurado por várias entidades, que manifestaram apoio integral a esta proposta”, afirmou o relator, mostrando a boa aceitação do PL pela sociedade civil e pelo setor produtivo. Esse amplo acolhimento é coerente com o processo de elaboração do projeto, construído a partir de debates que duraram quase um ano, realizados por um coletivo de pessoas e entidades, técnicos, estudiosos e proprietários de RPPNs. “O espírito da nossa proposta é fazer com que a criação de RPPN seja algo atraente para todos. A RPPN não pode ser mais uma dor de cabeça para o dono de terras no Brasil. A burocracia deve ser mínima, o Estado deve colaborar ao máximo. Deve haver recursos para projetos, pesquisas, capacitação e manutenção. Nossa proposta pretende fazer com que fazendeiros, agricultores, ambientalistas, sejam todos atraídos para esse movimento, criando RPPNs porque é bom para a natureza e um bom negócio para todo mundo”, explicou Sarney Filho.
Fonte: Comunicação Lid-PV
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Cafundó – Cachoeiro de Itapemirim