BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE
(MG/ES): UMA ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL
INTEGRADA
André Luiz Nascentes Coelho
Doutor em Geografia pela UFF
Professor do Departamento de Geografia da Ufes
http://periodicos.ufes.br/geografares/article/viewFile/156/82
Trechos do artigo.
...Este artigo, que é parte de uma pesquisa maior, tem como propósito principal realizar um estudo integrado da dinâmica física/natural e das ações socioeconômicas na Bacia Hidrográfica do Rio Doce sustentado por um referencial bibliográfico complementados com trabalhos de campo, atividades que tornaram possível identificar uma série de mudanças/impactos importantes em diferentes momentos, como o ciclo madeireiro que devastou as florestas da bacia e adjacências e a construção da ferrovia Vitória-Minas, a qual impulsionou o crescimento urbano. Tais processos entre outros, resultou num conjunto de intervenções, sobretudo no estado capixaba e, consequentemente, no atual desequilíbrio no sistema fluvial da bacia.
...Strauch (1955) descreveu o mesmo processo (ciclo madeireiro) em Governador Valadares, a partir da chegada da ferrovia, por volta de 1910, cuja base da economia era, basicamente, a exploração e a industrialização da madeira (dormentes, lenha) e um grande número de serrarias. Conforme suas palavras, as estradas de ferro são também grandes devastadoras e consumidoras das matas e capoeiras. Em 1949 a Estrada de Ferro Vitória-Minas que serve a bacia (Colatina-Itabira-Nova Era) consumiu 264.000 metros cúbicos de lenha. Quando se viaja pela região, ao longo das ferrovias e nas estações, vê-se grande quantidade de lenha e carvão aguardando transporte traduzindo a intensa exploração da floresta (Strauch, 1955 p. 98)...
Foto; Site Eu amo Ipatinga
... foi exatamente por causa desta riqueza natural que os pioneiros assistiram a um dos mais tristes capítulos da história da colonização do norte capixaba, quando surgiu em Nanuque (MG), cidade que fica a 15 km da fronteira com o Espírito Santo, uma indústria multinacional de exploração de madeira, Bralanda (sic) (Convênio com o Brasil – Holanda): esta indústria a maior da América Latina, até então, fazia com que os colonizadores vendessem as suas matas de qualquer maneira...
http://periodicos.ufes.br/geografares/article/viewFile/156/82
Trechos do artigo.
...Este artigo, que é parte de uma pesquisa maior, tem como propósito principal realizar um estudo integrado da dinâmica física/natural e das ações socioeconômicas na Bacia Hidrográfica do Rio Doce sustentado por um referencial bibliográfico complementados com trabalhos de campo, atividades que tornaram possível identificar uma série de mudanças/impactos importantes em diferentes momentos, como o ciclo madeireiro que devastou as florestas da bacia e adjacências e a construção da ferrovia Vitória-Minas, a qual impulsionou o crescimento urbano. Tais processos entre outros, resultou num conjunto de intervenções, sobretudo no estado capixaba e, consequentemente, no atual desequilíbrio no sistema fluvial da bacia.
...Strauch (1955) descreveu o mesmo processo (ciclo madeireiro) em Governador Valadares, a partir da chegada da ferrovia, por volta de 1910, cuja base da economia era, basicamente, a exploração e a industrialização da madeira (dormentes, lenha) e um grande número de serrarias. Conforme suas palavras, as estradas de ferro são também grandes devastadoras e consumidoras das matas e capoeiras. Em 1949 a Estrada de Ferro Vitória-Minas que serve a bacia (Colatina-Itabira-Nova Era) consumiu 264.000 metros cúbicos de lenha. Quando se viaja pela região, ao longo das ferrovias e nas estações, vê-se grande quantidade de lenha e carvão aguardando transporte traduzindo a intensa exploração da floresta (Strauch, 1955 p. 98)...
Foto; Site Eu amo Ipatinga
... foi exatamente por causa desta riqueza natural que os pioneiros assistiram a um dos mais tristes capítulos da história da colonização do norte capixaba, quando surgiu em Nanuque (MG), cidade que fica a 15 km da fronteira com o Espírito Santo, uma indústria multinacional de exploração de madeira, Bralanda (sic) (Convênio com o Brasil – Holanda): esta indústria a maior da América Latina, até então, fazia com que os colonizadores vendessem as suas matas de qualquer maneira...
Nenhum comentário:
Postar um comentário